O Papel da Família no Tratamento de Recuperação de Dependência Química

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Terence Gorski

é um renomado terapeuta e especialista em tratamento de dependência química, amplamente reconhecido por suas contribuições para o campo da recuperação de adictos. Ele enfatiza a importância de um plano de prevenção a recaídas, que inclui a criação de uma “rede de apoio”. Essa rede é composta por todas as pessoas que convivem com o adicto e de alguma forma participam de sua vida, sendo a família um dos elementos mais cruciais nesse processo.

A família

desempenha um papel fundamental no tratamento de recuperação de dependência química, pois seus membros podem oferecer suporte emocional, compreensão e incentivo ao adicto. Entender o papel de cada ente nesse contexto é crucial, pois, caso haja falhas na compreensão, a recuperação do indivíduo pode ser prejudicada.

Durante o processo

de internação do adicto, é possível identificar e estabelecer metas para interagir com cada membro da família. É essencial fornecer informações sobre a dependência química, seus efeitos e como eles podem ajudar na recuperação do ente querido. A conscientização da família sobre o problema ajuda a evitar comportamentos que possam habilitar a dependência ou dificultar o tratamento.

Um conceito importante

que se relaciona com a família no contexto da dependência química é a “co-dependência”. A co-dependência é um padrão de comportamento em que os membros da família de um adicto ficam excessivamente focados em cuidar da pessoa dependente, frequentemente ignorando suas próprias necessidades e bem-estar. A co-dependência pode levar à negação do problema, encobrimento de comportamentos prejudiciais e até mesmo facilitar a continuação do uso de substâncias pelo adicto.

Para que a família exerça um papel positivo no tratamento de recuperação, é essencial que cada membro entenda sua função específica dentro da “rede de apoio” e esteja disposto a participar ativamente do processo. Isso pode envolver apoio emocional, encorajamento na busca por tratamento adequado, participação em terapias familiares e educar-se sobre a dependência química.

A recuperação da dependência química é um desafio que afeta não apenas o adicto, mas também todos aqueles que o cercam. Ao estabelecer uma rede de apoio sólida e compreender o papel de cada membro da família, aumentam-se as chances de sucesso no tratamento e na prevenção de recaídas, permitindo que o indivíduo recupere o controle de sua vida e encontre um caminho para a saúde e a felicidade.

Imagine um cenário em que um adicto, que está em tratamento para dependência química, precisa consultar um ortopedista devido a uma lesão. Nesse caso, o médico ortopedista torna-se parte da “rede de apoio” ao paciente, desde que seja informado sobre o problema com substâncias do adicto.

Ao ser conscientizado sobre a condição de dependência química do paciente, o médico ortopedista compreende que a prescrição de certos medicamentos pode representar riscos adicionais ao processo de recuperação do adicto. Nesse contexto, o ortopedista considerará a informação sobre a dependência e optará por escolhas terapêuticas mais adequadas, evitando medicamentos que possam ter potencial adictivo ou que possam se assemelhar ao efeito de drogas anestésicas.

Por exemplo, em vez de prescrever analgésicos opióides, que são conhecidos por seu potencial de causar dependência, o ortopedista pode optar por medicamentos alternativos de menor risco. Além disso, ele pode utilizar outras técnicas de tratamento para lidar com a dor, como fisioterapia, terapia ocupacional ou procedimentos menos invasivos, caso sejam apropriados para o caso específico.

A conscientização do adicto sobre sua condição de doente é crucial, como defendido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), pois permite que o paciente esteja ciente dos riscos associados ao uso de certos medicamentos e tome decisões mais informadas sobre sua saúde. O adicto que compreende sua dependência química tem maior probabilidade de colaborar com os profissionais de saúde e aderir ao tratamento de forma responsável.

Além disso, a comunicação aberta entre o paciente adicto e o médico é de extrema importância. O adicto deve informar o profissional sobre sua condição de dependência, os tipos de substâncias utilizadas no passado e quaisquer outras informações relevantes para garantir uma abordagem de tratamento segura e eficaz.

Referências Bibliográficas

  • Terence Gorski Institute. (Website) Disponível em: https://terencegorski.com/
  • McLellan, A. T., Lewis, D. C., O’Brien, C. P., & Kleber, H. D. (2000). Drug dependence, a chronic medical illness: implications for treatment, insurance, and outcomes evaluation. JAMA, 284(13), 1689-1695.
  • National Institute on Drug Abuse. (Website) Disponível em: https://www.drugabuse.gov/
  • World Health Organization. (2018). International Classification of Diseases (ICD-11). Disponível em: https://icd.who.int/browse11/l-m/en
  • Substance Abuse and Mental Health Services Administration (SAMHSA). (2015). Substance Use Disorders: Treatment for the Future. Rockville, MD: SAMHSA.
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