Participação da família no processo de tratamento do dependente químico: Por que é importante?

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Entenda qual a importância da participação da família no processo de tratamento do dependente químico:

1- A família também sofre os impactos

Em um primeiro momento, é importante termos em mente que a família também sofre os impactos da dependência química. Isso porque quando um indivíduo no seio familiar adoece, todos sofrem efeitos colaterais por conta disso, por mais leve que possam parecer ser.

E o mesmo acontece no caso da dependência química. Isso poderá abalar o psicológico da família, que estará diante de situações de estresse.

Assim, o suporte que a família poderia dar para o sujeito adoecido se torna mais frágil, dificultando o processo de recuperação e, inclusive, induzindo outros familiares ao adoecimento psíquico.

2- A família é vista como um suporte e um elo para o paciente


Em meio à situação na qual o sujeito está inserido, ele pode enxergar em sua família o único suporte e elo para seguir em frente.

E caso a mesma esteja muito fragilizada, justamente por conta de toda a situação, a pessoa pode ainda sentir culpa pelos efeitos nocivos no círculo familiar. E todos estes gatilhos podem levar o paciente à crises de depressão e outros tipos de efeitos psíquicos.

Por isso, a família precisa estar a par de todo o tratamento, além de se preparar e preservar a sua saúde mental, a partir de acompanhamento terapêutico.

Estar atenta ao que ocorre no tratamento com o paciente e saber lidar com as frustrações também é importante, e tudo isso pode ser pouco a pouco desenvolvido com psicoterapia.

3- Mudanças precisam ocorrer no meio familiar

A partir da concepção de que a participação da família no processo de tratamento do dependente químico é importante, algumas mudanças precisam acontecer.

A começar pelo fato de criar uma rotina e uma atmosfera que seja mais confortável para o indivíduo que está se recuperando.

É preciso trabalhar a quebra de tabus e preconceitos, a fim de aceitar o sujeito novamente no seio familiar, sem nenhum tipo de apontamento estigmatizante.

Isso porque apesar de o paciente reconhecer a sua situação, isso não quer dizer que ele poderá sair dela da noite para o dia. Reconhecer esse ponto é importante para que a família exercite a paciência e diminua as cobranças.

Além disso, essas atitudes darão mais confiança para que o paciente persista em seu processo de recuperação.

4- O conforto físico e emocional precisa ser trabalhado


A família é um forte alicerce para as questões emocionais e até mesmo para o conforto físico do dependente químico.

Pois é a família quem poderá criar um ambiente aconchegante e que diminua os desconfortos físicos causados por crises de abstinência, por exemplo.

Além disso, demonstrar confiança e esperança é importante para que o paciente entenda que mesmo estando em uma situação difícil, nada está perdido.

E ainda, que toda a família está unida em prol de sua melhora, de uma maneira na qual ele receba o suporte emocional, especialmente em momentos de crises.

Nossa família é o nosso lar, nosso espelho, nosso exemplo. São eles que nos amparam quando algo não vai bem, e são a eles que amparamos quando se sentem adoecidos ou impedidos de realizar algo importante.

Por isso, reconhecer esse poder da família é um dos passos para a recuperação da dependência química. Lembre-se disso!

Referências Bibliográficas

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  • Griffiths, M. D. (2005). A “components” model of addiction within a biopsychosocial framework. Journal of Substance Use, 10(4), 191-197.
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  • Weinstein, A., Lejoyeux, M., & Kotler, M. (2016). Instrumented assessment of problematic Internet use. In N. Potenza (Ed.), Internet Addiction: Neuroscientific Approaches and Therapeutical Implications (pp. 113-132). Springer International Publishing.
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